Esplendor: a novela que esperei 25 anos para ver
Quando Esplendor estreou, eu tinha 10 anos — e lembro bem da sensação de encantamento que aquela novela despertou em mim. Assisti na época, acompanhando como dava, entre tarefas de criança e a rotina da casa. Mesmo tão nova, algo naquela história me prendeu. Fiquei com ela guardada no coração por anos, como uma lembrança viva que sempre me fazia querer voltar.
E esse momento finalmente chegou.
O Globoplay disponibilizou Esplendor e, sem pensar duas vezes, comecei a rever. Já estou no episódio 65 — e é como abrir uma janela para o passado e, ao mesmo tempo, descobrir coisas novas. Rever a novela com o olhar de hoje tem sido uma experiência diferente e especial.
O que me surpreendeu foi perceber que um dos temas centrais da trama é justamente a espiritualidade. Eu não lembrava disso. Talvez porque, aos 10 anos, esse tipo de conteúdo passasse despercebido. Mas agora, em outra fase da vida, isso me toca profundamente. É bonito ver como algo que marcou minha infância também conversa com quem eu sou hoje.
A personagem que mais me emociona é, sem dúvida, a Adelaide. Forte, complexa, humana. Em contrapartida, não suporto Cristóvão, Bruno e Sandro. Eles me despertam o mesmo incômodo de antes — talvez até mais.
Rever Esplendor tem sido um presente. Uma forma de me reconectar com minha própria história, com a menina que eu fui e com os caminhos que percorri desde então. Algumas novelas são só entretenimento. Outras, como essa, viram parte de quem a gente é.

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